Memória Cinematográfica

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Ratatouille

Remy é um ratinho que vive no esgoto, mas não tem a mínima idéia que acima de sua cabeça está uma cidade deslumbrante como Paris. Por conta de um desencontro com seus familiares durante uma fuga, ele se vê sozinho, com um livro de culinária, e começa a conversar com o fantasma de Auguste Gusteau, um cultuado chef de cozinha da França. E é a partir desta conversa que Remy sobe para a rua e descobre que o tempo todo ele vagava por baixo de uma das cidades mais bonitas da Europa.

A sensação que Remy tem ao encarar a Torre Eiffel talvez seja a mesma de um visitante que pela primeira vez vê o símbolo da cidade bem de perto: de perder o fôlego. Remy, com voz de Patton Oswalt na versão original, é o personagem central do longa-metragem de animação “Ratatouille”, a nova aposta da Pixar Animation Studios e da Disney. Dirigido por Brad Bird (o mesmo de “Os Incríveis“), o filme conta a história do talentoso Remy, que sonha em ser um cozinheiro de um restaurante cinco estrelas.

Mas é ajudando o faxineiro Linguini (Lou Romano), que eles vão desenvolver uma amizade improvável, o espírito de união e também descobrir o talento do pequeno chef.Para tanto, porém, os dois farão manobras incríveis e engraçadas para disfarçar que quem está dando a receita ao aprendiz é o roedor. Outra coisa: os dois terão de passar por cima do atual chef e também do crítico gastronômico Ego (Peter O’Toole).

Um dos pontos altos da fita é o bom humor do roteiro, que é bastante delicado, convincente e bem escrito, além do desenho, pois a Paris retratada na animação consegue mostrar os encantos da Cidade Luz e pontos turísticos, como o Rio Sena, a Catedral de Notre Dame, bistrôs.

A Pixar, que está acostumada a surpreender os espectadores com seus personagens originais, como os brinquedos que ganham vida (“Toy Story“), os monstros apavorados (“Monstros S.A.“), o peixe que se perde da família (“Procurando Nemo“), além dos super-heróis (“Os Incríveis“) e dos automóveis falantes (“Carros“), traz novamente personagens cativantes, em uma história singular que vai agradar a família inteira.

Um senão: bem que a versão original poderia ser falada em francês e não em inglês, para ambientar mais o personagem no local onde ele está. Mas aí seria correr um risco grande demais, que os executivos dos estúdios não estariam preparados.

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