Memória Cinematográfica

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Amor à Distância

Home Vídeo 10 fevereiro 2011
Ontem vi “Amor à Distância”, que a WarnerBros. lançou em DVD em janeiro, no Brasil. O longa-metragem é uma comédia romântica, mas não tão convencional como tantas outras por aí, embora remeta a fitas como “Mensagem Para Você”, o clássico do namoro pela internet, de 1998, com Tom Hanks e Meg Ryan no elenco. O filme de Nanette Burstein (em sua estreia em longas de ficção) também não é um cult, como o “(500) Dias com Ela”. 

Para ser bastante honesta com você, caro leitor, “Amor à Distância” me lembrou bastante “Ele Não Está Tão a Fim de Você”. Principalmente, é claro, pelo elenco, que traz Drew Barrymore e Justin Long, tal como no outro filme (embora eles não tenham contracenado juntos), mas também pelo senso de humor e pelo timing de comédia alavancado por Drew (Lá pelas tantas, me veio à mente “Como se Fosse a Primeira Vez”, no qual ela perde a memória).

A narrativa conta a história dos dois personagens separadamente: ele, que trabalha em uma gravadora, está comemorando o aniversário da namorada. Ambos, porém, acabam brigando no fim da noite pois, adivinhe: apesar do jantar e de toda mise en scene que ele fez para agradá-la, não tinha um presente para a gata…

Já Drew, que aqui é Erin, está em Nova York por conta do estágio em um jornal na cidade e que deve acabar em seis semanas, caso não consiga o emprego permanente. Assim, terá de voltar para São Francisco, continuar o curso de jornalismo e manter o emprego no cassino onde ganha a vida.

Muitas cenas no filme são previsíveis, e o espectador já poderá se dar conta que os dois, mais cedo ou mais tarde, vão se conhecer, viver alguns dias juntos na cidade, até que ela terá de ir embora. A partir de então, começa a história que dá nome ao filme: o tal amor à distância.

Entre cenas que mostram claramente que homens e mulheres não se entendem, uma vez que eles querem encher a cara com os amigos, jogar conversa fora, sem compromisso, e elas preferem amar, ser felizes e ter um amor pra toda vida, “Amor à Distância” mostra tudo isso. Mostra também uma mulher madura, que sabe o que quer, e que não vai morrer de ciúme do namorado por ele ter amigas, e compartilha da sua vontade de ir a um show, tomar cerveja, brincar, jogar em fliperamas, sem compromisso, vivendo um dia de cada vez.

Uma cena hilária é quando Erin está no bar com um amigo “chorando as pitangas” e jogando dardo depois de litros de álcool. Então, ela engata uma discussão com um cara como se fosse um deles. Impagável!

Apesar do gênero, o longa não chega a ser tão previsível quanto parece, uma vez que, até o final, não se sabe exatamente como estarão os dois pombinhos: juntos ou separados, em NY ou em São Francisco. Isso, porém, não é o mais importante.

Prefira se apegar aos diálogos hilários, à trilha sonora que inclui The Cure, The Pretenders, The Boxer Rebellion. Preste também atenção às referências, como o grito da moça enquanto está no chuveiro (cena do clássico “Psicose”, de Hitchcock), ou ao filme “Top Gun – Ases Indomáveis”, que fez muito sucesso nos anos 1980.

“Amor à Distância” é bastante honesto e não quer ser mais do que é. Essa, talvez, seja uma das suas maiores virtudes.

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