Memória Cinematográfica

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Celeste e Jesse para sempre

Estreia 7 dezembro 2012

Mais uma comédia romântica chega ao cinema. “Celeste e Jesse para Sempre” (“Celeste and Jesse Forever”), porém, tal como “(500) Dias Com Ela” (2009), não tem um final feliz. Se bem que finais felizes dependem muito do ponto de vista de quem está assistindo à trama. Aqui, o longa-metragem, que tem estreia apontada para esta sexta-feira, 30, fala de separação. E felicidade às vezes pode começar com dor.

Celeste (Rashida Jones) e Jesse (Andy Samberg, de “Saturday Night Live”) são casados, ou melhor, estão se separando. Para eles, no entanto, isso não quer dizer nada. Continuam amigos, saem juntos com outros casais como se nada tivesse mudado na vida dos dois. A atitude de ambos, no entanto, acaba constrangendo os amigos dos dois quando, por exemplo, saem para jantar.

Ao contrário de Summer, em “(500) Dias com Ela”, Celeste procura o par perfeito para se casar – Summer (Zooey Deschanel) terminou o namoro com Tom (Joseph Gordon-Levitt)  porque não queria se casar. Celeste tem Jesse, mas o rapaz não é o perfeito. Ele mal tem um emprego. E, como ela mesma diz em uma das passagens da fita, “o pai do meu filho tem que ter um carro”. E Jesse não tem. Não possui os pré-requisitos que ela mesma estipulou, portanto. A história continua até que um determinado evento muda o curso dos sentimentos.

É legítimo poder escolher o par ideal. Tanto ele, quanto ela. Ambos não são obrigados a ficarem casados se não têm as qualidades que procuram em um companheiro/companheira. No entanto, como se sabe, a vida é cheia de escolhas. E Celeste escolheu se separar e ficar sozinha, mesmo tendo mil e uma outras afinidades com Jesse. E vice-versa. Além do par de protagonistas, Elijah Wood, de “O Senhor dos Anéis”, faz uma participação na fita e quebra um pouco o clima de DR (Discussão da Relação) com bom humor.

Além de atuar, Rashida Jones é coautora do roteiro, ao lado de Will McCormack, ambos em suas estreias na função. A direção é de Lee Toland Krieger, que exagera nos closes.

A história não chega a ser ruim, é atual, discute sobre os problemas dos jovens de hoje, que muitas vezes se casam cedo, sem terem a certeza sobre o que querem para o futuro. O longa discute também sobre limite, tolerância e, sobretudo, amizade e respeito. No entanto, a trama de “Celeste e Jesse para Sempre” é cansativa e cheia de clichês, principalmente por conta do desenrolar do evento do ex-casal na segunda metade do filme. É aí que poderia cortar um pouco, ainda que o filme não seja longo (tem pouco mais de 90 minutos).

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