Memória Cinematográfica

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Orange Is The New Black

A nova mania dos aficionados em filmes e séries de televisão atende pelo nome de Netflix. O canal na internet oferece transmissão streaming (não precisa de download) de programas consagrados, como “Friends”, e séries produzidas com exclusividade para a companhia, como “House of Cards”, cujo protagonista é Kevin Spacey (“Beleza Americana”).

A novidade é “Orange Is The New Black”, série baseada no livro autobiográfico da ex-presidiária norte-americana Piper Kerman. A série estreou em 11 de julho e está entre as mais acessadas do canal.

Com criação de Jenji Kohan (“Weeds”), a série conta a história de Piper Chapman (Taylor Schilling, de “Argo”), condenada a 15 meses na penitenciária federal por carregar uma mala de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. No caso, Piper se passava por “mula”, pois a mala que carregava pertencia à sua ex-namorada Alex (Laura Prepon, de “That ’70s Show”). Dez anos depois do delito (o crime prescreveria em 12), Piper, atualmente noiva do escritor Larry (Jason Biggs, de “American Pie”), resolve se entregar.

No primeiro episódio dos 13 já disponíveis que completam a primeira temporada (a segunda, aliás, já está confirmada para o ano que vem), o espectador acompanha o momento em que ela chega ao presídio, veste as roupas laranja de novata (daí o nome da série) e precisa entender, na prática, as regras que até então ela só conhecia nos livros.

Com drama e pitada de humor, a série mostra ao público em flashback, tal como em “Lost”, como cada detenta foi parar atrás das grades. Há de tudo: lésbicas, religiosas, viciadas e até mesmo a protagonista loira, que tinha uma boa vida no Brooklin e ia começar a vender produtos de beleza para a Barney’s antes de parar na prisão. Estão todas ali para contar suas histórias e emocionar quem está do lado de cá da tela. Há as tramas dramáticas, as engraçadas, as de amor e até mesmo os casos que envolvem corrupção e contrabando dentro da cadeia.

Ao todo, o Netflix possui mais de 36 milhões de assinantes espalhados em 40 países. Só na América Latina há um milhão de assinantes. Por aqui, a mensalidade custa R$ 16,90 e o assinante está liberado para assistir ao que quiser e onde quiser. Basta ter internet e conectar pelo computador, tablet e televisão. E boa sessão!

Durante passagem por São Paulo para divulgação da série, os atores Jason Biggs e Danielle Brooks, que vive uma das detentas conversaram com exclusividade comigo no hotel Unique, onde estavam hospedados. Acompanhe um trecho da entrevista, cuja cobertura completa está no site da GQ.

O que vocês acham da transição entre TV e internet?

Jason Biggs – Até agora acho que parece ser bastante simples e natural. Netflix está captando os hábitos das pessoas e o que eles querem. É o futuro, de certo modo, do que as pessoas querem assistir na televisão. É uma forma de dar ao público o poder de ele assistir ao que quiser e como quiser. Acho que dar autonomia é muito importante. É claro que a Netflix está preocupada com a qualidade, mas também a pessoa pode assistir a quantos episódios quiser. Ela mesma faz as suas regras e isso é excitante para nós que fazemos parte desse processo.

Danielle Brooks – Pra mim é a mesma coisa, não tenho muito mais a dizer… risos

Vocês já tinham pensado que isso seria possível um dia?

DB – Eu acho que as coisas caminham para coisas interessantes, como pode ser melhor, como podemos ser melhores e mais rápidos. Eu acho que era uma coisa esperada, sim, que pode ser relevante, progressiva, e é gratificante sermos parte de algo que está sendo revolucionário. O que a Netflix está fazendo ninguém mais está realmente fazendo neste nível. É como se fôssemos os coringas neste jogo.

JB – Ótima analogia…

Como está a resposta do público?

JB – Até agora está maravilhoso. Eu realmente acredito na série, estou orgulhoso de fazer parte dela. Estão fazendo um produto de muita qualidade e esta série é parte disso. As pessoas estão gostando, mas também penso que há algo mais no Netflix, pois as pessoas têm o poder de assistir como elas querem e elas estão gratas a isso. As pessoas me tuitam dizendo que estão muito excitadas com a série. Sempre quando alguém elogia a série no Twitter, por exemplo, diz também quantos capítulos eles viram. São muito rápidos em dizer: “Vi quatro episódios e é incrível, mal posso esperar para ver o resto”. Isso é fantástico e eles ficam excitados em contar, em ser parte desta conversa. Os fãs aproveitam para se comunicar entre eles e se descobrem que você viu sete, tomam conta para não falarem mais do que devem e tirar a surpresa. Se torna um assunto social e acho isso excitante.

Você costuma responder aos tuítes?

JB – Sim, às vezes, depende. Mas posso dizer que leio todos.

E você Danielle?

DB – Eu definitivamente leio e respondo a todos que eu posso, listo como favoritos. (E ela realmente respondeu a um tuite desta repórter.)

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